sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Amor e paixão

Quanta loucura o ser humano é capaz de fazer quando está amando! Pensando bem, não sei se nesses momentos de insensatez o sentimento que impera é o amor. Pois, como bem escreveu a bióloga e escritora Dani Duarte (2007), “paixão é euforia, amor é calmaria. Paixão é vendaval, amor é brisa”.

Que sentimento foi aquele que levou Páris, o príncipe de Tróia, a raptar Helena de Esparta, causando assim uma das mais famosas guerras? Acredito que não pode ter sido amor. O jovem nunca tinha sequer visto a bela rainha, apesar de Afrodite lhe garantir que Helena era a mais bela dentre as mulheres. Talvez iludido pela oferta da deusa da beleza e do amor, Páris vendou os olhos com a paixão instantânea que brotava ali.

Acredito que amor mesmo quem sentia era Menelau, rei de Esparta e marido de Helena, que reuniu todos os exércitos da Grécia, que antes lutavam entre si, para recuperar a honra de sua cidade-estado e trazer de volta sua esposa.

Deixando de lado a guerra de Tróia, faço um novo questionamento. Existe alguma verdade na expressão “amor à primeira vista”?

Penso que não. Pois mesmo que num olhar clínico possamos ver tamanha beleza em uma pessoa, nossa análise não irá muito além disso. Aquele calor que sentimos que faz o coração disparar, a respiração ficar ofegante, os olhos brilharem, são os principais indícios da paixão repentina. Não que o amor seja incapaz de proporcionar tudo isso, mas a intensidade com que os apaixonados sentem o contato, mesmo que somente visual, da pessoa desejada, é incomparável.

Fazendo uso, mais uma vez, das palavras de Dani Duarte (2007), “paixão é rápida, amor é duradouro. Paixão é súbita, amor é progressivo”.

Já ouvi dizer que somente vivendo várias paixões é que saberemos lidar com um verdadeiro amor. Talvez assim seja. Eu mesmo, que neste momento estou conduzindo o texto ao seu fim, não sei se estou apaixonado ou se estou amando.

Se for paixão, logo haverei de saber. Se for amor, somente o tempo irá dizer, e não tenho pressa alguma para me assegurar de um sentimento desta magnitude. Prefiro, simplesmente, vivê-lo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Frasco de maionese

Como novamente estou sem tempo para postar, vou deixar aqui um texto que me enviaram e achei ótimo!!


FRASCO DE MAIONESE

Quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia não são suficientes, lembre-se do frasco de maionese e do café.

Um professor, durante a sua aula de filosofia, sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o. Tirou a maionese e encheu-o com bolas de golf. A seguir perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam que sim.

Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de golf. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.

Então o professor pegou noutra caixa, uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".

Em seguida, o professor acrescentou duas xícaras de café ao frasco e, claro, o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir, mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:

“QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA.”

“As bolas de golf são as coisas Importantes: a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE. São coisas, que mesmo que se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.”

“As pedrinhas são as outras coisas que importam como o trabalho, a casa, o carro, etc.”

“A areia é tudo o demais, as pequenas coisas.”

“Se puséssemos primeiro a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de golf. O mesmo acontece com a vida.”

“Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes. Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua felicidade.”

“Brinque ensinando os seus filhos, arranje tempo para ir ao médico, namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora, dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos. Pratique o seu esporte ou hobbie favorito. Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...”

“Ocupe-se sempre das bolas de golf primeiro, que representam as coisas que realmente importam na sua vida. Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...”

Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.

O professor sorriu e disse:

"...o café é só para vos demonstrar que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo."

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Aloha!

Tudo está muito corrido pra mim. Três trabalhos grandes pra entregar na faculdade e ainda não finalizei minha matéria para o Focas do Q?. Também não posso deixar de lado as atividades do DáSamba. E ainda tenho dois livros para ler em menos de duas semanas.

Estou cada vez mais fissurado em dois seriados: Lost e Modern Family. Recomendo muuuuito!!

Ontem fui com minha colega -foca- Marluci na Gazeta FM, onde entrevistamos o Maiquel Thessing, apresentador do Bailão da 101,7. O papo foi muito divertido, rendeu bastante e a Marluci já está editando o vídeo da entrevista para postar no blog do Focas.

Semana que vem vou com o DáSamba para Três Passos. Quando a gente foi pra lá no ano passado, passamos por momentos muito tensos. Mas foi muito legal, ali que começou a união do nosso grupo. Tenha ótimas lembranças da nossa passagem por lá...

Hoje tocamos no programa Espaço Aberto, na Gazeta AM, apresentado pelo Vilela. O Xandy e o Dionatan não puderam ir, então fomos eu, Robertinho, Cristiano e Paulinho. Zuei demais lá...
Quando estávamos entrando na Gazeta, esbarramos com a Fernanda, aquela que participou do Hipertensão, na Globo. Muito simpática, ela falou que queria um pagode nosso pra festejar o seu retorno. Vamos ver se rola mesmo...

E, pra finalizar, acho que já tomei a decisão sobre meu futuro. Espero que dê tudo certo. Quem não joga, não ganha.

Aloha!

sábado, 23 de outubro de 2010

Aloha!

Pela chuva que peguei ontem acho que é normal o estado febril em que me encontro. Minha sexta-feira foi tão corrida que nem deu tempo de passar aqui. Continuo com dúvidas, mas elas diminuiram bastante. É bom ter amigos para nos aconselhar nesses momentos, muito bom.

Ontem comecei a assistir um seriado novo. Modern Family é ilário. Garantiu boas risadas do começo ao fim. Paralelamente estou assistindo Lost, pois quando passava na tv eu nunca podia olhar, tinha que dormir cedo...

Acho que vou aproveitar para dormir mais um pouco antes de ir trabalhar. A entrevista que eu ia fazer com o Maiquel Thessing para o Focas do Q? ficou para segunda-feira, portanto terei mais tempo para bolar algo interessante.

Acho que amanhã vai rolar aquele sambinha gostoso no bairro Bom Jesus e é pra lá que eu vou. Aconteça o que for, sempre levarei no coração os meus manos do grupo DáSamba.

Assim que der, vou postar um texto que fiz na aula de Leitura e produção de textos III. Só postarei porque a crítica foi parceria...hehehe

Aloha

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Vou tentar ir retomando minhas atividades aqui no blog. Nem lembrava mais dele...

Tô num momento de muita dúvida sobre meu futuro, mas posso me considerar feliz. Deixei de lado algumas coisas que estavam me prendendo, aliás, me prendi a outras, só que bem melhores.
A cada post vou falar um pouco sobre o que se sucedeu durante o meu dia. É um bom desdobre para os dias em que eu não tiver nada para escrever.

Minha rotina é "um pouco" diferente da das pessoas "normais". Hoje (ontem), eu tinha que levar a minha moto pra revisão as 8h30m. Resolvi ficar acordado, não valeria a pena eu ir dormir as 7 pra acordar as 8. Antes de sair de casa tomei meu remedinho. Na hora de voltar, a pé, senti o drama - fazia meses que eu não caminhava tanto -. A fome nem era problema. Eu tava delirando, sonhando com os olhos abertos, mal pra caramba. Minha mente já tava se desligando.

Cheguei em casa e me apaguei. Acordei com tempo somente para almoçar, buscar a moto e ir trabalhar. Pra quem não sabe, de quinta à domingo eu trabalho de motoboy (vida loca mano kkk). Quase me envolvi num acidente, quando uma MULHER não me viu - pra variar - e cortou minha frente. Só ralei o braço e o baile seguiu...

Tanta coisa pra pensar, tantos planos. Aos poucos vou conseguindo me aproximar do meu eu projetado por mim. sahsahuashuashusahusahuasuhs

Por hoje é só.
Fui!

sábado, 17 de julho de 2010

Receitas literárias

Creio Deus pai que nos livros está a salvação de nossos dias. Creio que Shakespeare já escreveu tudo sobre o poder e as verdades e mentiras humanas por todos os séculos até o fim, amém. Creio que os gênios ou escreveram livros ou são artistas ou são cientistas. Creio na força da cultura, na santa igreja da arte, na comunhão dos homens de bem, na vida eterna do humanismo, na ressurreição das ideias atemporais, na eternidade da leitura como caminho para um grande final. Amém.

Era tão fácil vivermos vaidosos e insolentes até aqueles dias que recebemos um pontapé atrás do outro. Vivíamos criados a margem de Deus e iguais na sua imagem e semelhança. Aí veio Leonardo da Vinci e pintou a "Mona Lisa", O Van Gogh distorceu as imagens, todas as certezas viraram-se de ponta cabeça depois de Marx, Darwin e Einstein. Nossa desorientação chegou ao máximo. Tontos, mas ainda não recebemos a misericórdia até chegar o golpe fatal. Apareceu o tal de Freud. Não se consegue imaginar como não sabiam que existia e existe os recalques, a identidade, os complexos, os que projetam, os inconscientes. Eles sempre existiram seja nos livros do Shakespeare, seja naqueles do Érico Veríssimo, seja nos de Cervantes. O exemplo vivo são os líderes políticos, estes são um manancial e fonte inesgotável para estudos. Somos todos, um compêndio psiquiátrico.

Os livros são a melhor medicação para todos os males do mundo. Contra fel, moléstia, crime e para todos que querem cursar as artes jurídicas, leiam "Crime e castigo", do Dostoiévski. Contra desespero, perda de emprego, falência, abandono da mulher, leiam "Robinson Crusoé" e saberão que a saída está no nosso dia-a-dia possuir um trabalho metódico que nos faça esquecer da solidão.

Para aqueles que estiverem totalmente decepcionados com a política e não suportarem ligar a TV ou abrir o jornal, leiam "Viagens de Gulliver", não a edição infanto-juvenil, e saberão que o nojo e a raiva poderão ser substituídos por uma imensa risada. Contra aqueles que acreditam estar numa grande cruzada em busca da igualdade e da verdade salvadora, misturada com fantasia de termos certeza sobre tudo, a receita é tiro certo: leiam "Dom Quixote".

Para as mulheres que detestam a vida banal que levam e serem casadas com maridos tediosos, a receita não é gastar o cartão de crédito e saibam que todo amante também ficará um tédio. O tédio se vence com um bom romance e a receita é o livro "Madame Bovary do Flaubert". As mulheres inglesas venciam o tédio escrevendo livros como as Irmãs Brontée, a Jane Austen, a Virgínia Woolf ou eram rainhas que mandavam. Foram as primeiras a votar e não tinham tempo para chorumelas libertadoras.

Contra problemas de pais e filhos atente para "Os irmãos Karamazov".

Contra a solidão, a tristeza e a violência, leia Veríssimo, beba Rubem Fonseca, cheire Carpinejar, fume Drummond.

Se acordares um dia sentindo-se um rato, um réptil, um estorvo, um horror, abra o "Metamorfose do Kafka".

Contra a inveja, a mediocridade e a intolerância, use Jorge Luiz Borges. Vargas Llosa é inconteste, vá de Gabriel Garcia Marques.

Se alguém está morrendo deve ler "Memórias póstumas de Brás Cubas", do Machado de Assis. Se alguém está nascendo, guarde para ele os livros do Monteiro Lobato.

Se você está chapado, dormente e perdido, pegue "Alice no país das maravilhas" e acredite que o nonsense extremo já existia muito antes, ou então, siga os caminhos do "On the road", do Kerouac, e deixe a casa paterna. Só não pode querer viajar pelo mundo com dinheiro do papai.

Se a religião for imprescindível abra Maomé, São Paulo, Santo Agostinho ou o Buda. Em pequenas doses e por 10 dias somente.

Contra a “boa vontade” de políticos, leia Maquiavel, contra a paixão, decifre "A divina comédia", do Dante. Ao deitar, tenha sempre à mão as obras do Fernando Pessoa. Mastigue cada poesia aos poucos. Lentamente, como convém ser feito com os gênios e os poetas.

Se quiser conhecer os russos venha com Tolstoi, quer viajar para Paris engula Balzac, quer saber sobre os americanos mastigue Gore Vidal, quer conhecer os gaúchos e o Rio Grande saiba "O tempo e o vento" de cor.

Contra a solidão do agreste e para saber da nossa mulatice, leia Gilberto Freyre. "Moby Dick, a baleia", "Os dois irmãos do Hatoun", "O grande sertão: Veredas" esperam por todos nós. Poesias, biografias, filosofias, histórias e estórias acabam com qualquer dor. Contra a caverna do Platão se encontre na "Odisséia".

Se nada mais der certo, devore "As cidades invisíveis", do Ítalo Calvino.

Ler livros é fazer parte de uma religião e a descoberta da cura total da solidão. Ler não é encontrar respostas e sim aprender a fazer perguntas. Amém.



Carlos Eduardo Florence, eflorence@uol.com.br

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Entrevista com Prexeca Bangers

No dia 29/05 subiram no palco da London os fundadores da Stronda Music. Mc Fox e Mc Mãe formam a dupla Prexeca Bangers.
Muita polêmica já foi gerada pelo teor apimentado de suas letras, que costumam abordar temáticas instigantes à juventude como mulheres, sexo, noitadas, surfe e bebedeira. Consagraram gírias próprias e de sua galera pelo Brasil inteiro: “playson”, “Stronda”, “barro”, “mauriçoca”, “garóti”, o famoso lema “vivo par Mulé”, etc.
Já se apresentaram de norte a sul do país, alcançando a marca de, até então ,10 shows em um dos maiores palcos do Rio de Janeiro: o Citibank Hall. Representam a cultura de praia carioca boêmia e contemporânea.

Confira a entrevista que rolou minutos antes do show:


London: Vocês começaram a fazer letras de rap de brincadeira na escola. Quando foi que vocês viram que poderia render mais, fazendo shows, levando a coisa mais a sério?

Mc Mãe: A gente já fazia letras e músicas só por fazer, e a gente só foi vendo que poderia viver disso e tirar um sustento mesmo quando começamos a ver que a galera começou a chamar a gente pra cantar em vários lugares diferentes, pra fazer show em lugares que a gente nunca tinha ido, tipo bairros, cidades, capitais do Brasil que nunca tinhamos divulgado nada e a galera começou a chamar pra fazer show pagando um cachê significativo. Foi mais ou menos aí que começou.

London: E desse processo até chegarem no nome, como foi?

Mc Fox: O processo começou no nome, pois a primeira música que eu fiz, eu estava na faculdade e já tinha posto o nome. Meu sobrenome é Raposo, então eu já tinha posto Mc Fox, zuando antes de escrever a música. E o apelido do Mãe já é Mãe desde que a gente tinha 11 anos.Mas foi isso, uma brincadeira que foi ficando séria mais por causa dos outros, que chamavam pra fazer show e foi acontecendo naturalmente. Na primeira vez que me chamaram eu disse: "Sério mesmo? Você quer que eu vá lá cantar? Então vamos lá", e daí não parou mais.

London: São vocês mesmo que escrevem as letras ou tem algum parceiro que compõe com vocês?

Mc Fox: Volta e meia a gente brinca com alguns amigos como Dibob. Outro cara que é nossa camarada é o Digão da Raimundos, a gente não escreveu nada juntos ainda, mas de repente ele vai fazer uma participação especialíssima no nosso cd, ele é o cara. Todas as músicas que estão no cd que estamos gravando são nossas. Claro que tem parcerias, como Dibob em "Emprego Novo", Prexeca Family, que escrevem as letras junto, mas a maioria são nossas.

London: Na passagem de som vocês soltaram umas bases de Rap e logo em seguida veio o som de um pandeiro e cavaco. O som de vocês tem alguma definição de estilo?

Mc Mãe: Então, é exatamente essa parada de não definir um estilo e sim fazer a música sem pensar em estética nenhuma. A gente sempre flertou com vários estilos, ainda mais que desde criança nós curtimos músicas e bandas de outros estilos, tipo Rock, Reggae. Então a gente sempre tenta mesclar com o Rap e a batida do Rap é a que é mais presente, mas tentamos pôr o máximo de influência.

London: Já que estamos nesse assunto, que tipo de música vocês curtem?

Mc Fox: Tudo! A gente é bem eclético, desde molequinho a gente já passou por estilos diferentes e acaba que, depois de um tempo, já tem várias paradas que você se amarra e que já curtiu: Rock, Heavy Metal, Rap, Partido Alto. Tudo que é bom nós gostamos, Raul Seixas a gente gosta pra caramba, Rap gringo, alguma coisa do Rap nacional antigo. Não tem um só estilo...

London: Vocês tem alguma ligação com o pessoal do Rap nacional?

Mc Fox: Um pessoal que a gente é bem próximo é a galera do Cone Crew, que eu acho maneiro o som que eles fazem. Tem também o Leleco, que é nosso amigo mesmo.
Mc Mãe: O que eu acho maneiro de nacional é o Emicida, dessa nova safra. Cone Crew eu também acho irado e aqui no Sul eles estão representando. E das antigas também me amarro no Sabotage, Racionais, D2, Planet Hemp, O Rappa, Raimundos, essa galera que como a gente, mesclam muitos ritmos.

London: Vocês pretendem viver só da música ou ainda pensam em exercer suas formações acadêmicas?

Mc Mãe: Eu só me vejo trabalhando com música, seja com Rap ou em outros setores da música. Eu sou formado em Publicidade, o Fox em Economia, mas o que eu quero fazer desde moleque é cantar e fazer música. É uma certeza que eu tenho. A gente sabe que tem muita gente talentosa que não consegue viver só da música. Por enquanto estamos conseguindo.
Mc Fox: Acho que é meio ilusório você chegar, em qualquer idade, e dizer que vai viver disso, pois todo dia aparecem possibilidades infinitas. Tipo, um cara vê um desenho que eu fiz e diz: "Pô, 15 milhões." Eu viro pintor na hora (risos).
Claro, fazer música é algo que gosto e sempre fiz por gostar e nunca tive nenhuma pretensão de cantar para 15 mil pessoas, foi acontecendo naturalmente, um casamento de sorte com pessoas gostando do que estávamos fazendo. Independente do que eu for fazer de principal, como antes eu trabalhava em escritório, e mesmo assim fazia música por gostar, por estar amarradão e, por enquanto, esse é meu projeto principal. Estamos ralando pra gravar o cd novo com mais dois que já estão na agulha também. Tem muito trabalho maneiro pra fazer ainda.

London: O que vocês acharam da cidade e da London?

Mc Fox: Achamos irada, cidadezinha toda simpática, bonitinha. Dá pra ver a influência da colonização alemã. E também já deu pra ver que tem uma mulherada bonita, genética boa.
A London parece ser uma casa maneira pra ir e pra curtir. Já vimos que é boa e vamos ver daqui a pouco como é o clima da galera. Com certeza não tem erro, é nós!


*Entrevista realizada por Téo Zambarda

sábado, 27 de março de 2010

Os outros

Li não sei onde sobre uma interessante doença moderna chamada “normose”. Todos imaginamos um padrão pessoal que consideramos normal e, se não conseguimos alcançá-lo, entramos em depressão, angústia, enfim, tornamo-nos infelizes. “Normal” seria um indivíduo jovem, magro, atlético, que pode comprar o que bem entender, admirado por seus semelhantes, importante para sua comunidade, bem vestido e simpático. Seria a pessoa ideal que os outros esperam de nós.

A pergunta fundamental é: quem são os outros? Onde está este João, Pedro, Maria ou Ana que nos controlam e conferem constantemente se estamos ou não afastados deste ideal hipotético? Será que o padeiro, vizinho, empregado ou patrão realmente estão preocupados com a nossa aparência ou cada um está cuidando de si mesmo?

Não será um grande equívoco achar que o mundo se preocupa demais com a gente? Sempre que temos notícias de pessoas que partiram para outra vida nos surpreendemos ou emocionamos em diferentes graus, mas depois as esquecemos como todos que já se foram. Por que seríamos diferentes delas, importantíssimos e insubstituíveis?

Precisamos nos dar conta de que só somos importantes para quem gosta e precisa de nós. Para estes, provavelmente, não existe um padrão ideal que gostariam de ver na nossa pessoa. Quem sabe nos preferem assim mesmo, com a nossa personalidade, caráter e coragem de enfrentar a vida ao seu lado? Da segurança que transmitimos? Quem sabe nos amam pelo que somos e não estão buscando alguém que nunca seremos?

Em primeiro lugar precisamos nos dar conta de que somos importantes para nós mesmos. Sem estima e respeito próprios não prestamos para nada; nem para o mundo, nem para os próximos e nem para nós. Aceitar-nos tranquilamente é um caminho muito bom para a saúde física e mental. Esta aceitação, que nada tem de vaidade, normalmente vem acompanhada de paz de espírito.

Aqueles que você admira acaso não têm personalidade própria e enfrentam a vida do seu jeito? Seja você mesmo, então! Esta angústia de ser o que os outros esperam de nós é absurda pela simples razão de que “os outros” só existem em nossa imaginação.


Gilberto Scopel de Morais

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Frase e Reflexão

"Nenhum homem escolhe o mal por ser o mal; mas apenas por confundí-lo com felicidade."

Mary Wollstonecraft

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O destino de cada um (via email)

As pessoas que entram em nossa vida sempre entram por alguma razão, algum propósito. Elas nos encontram, ou nós as encontramos, meio que sem querer. Não há programação da hora em que encontraremos estas pessoas.

Assim, tudo o que podemos pensar é que existe um destino, em que cada um encontra aquilo que é importante para si mesmo.

Ainda que a pessoa que entrou em nossa vida, aparentemente, não nos ofereça nada, ela não entrou por acaso. Não está passando por nós apenas por passar. O universo inteiro conspira para que as pessoas se encontrem e resgatem algo com as outras.

Discutir o que cada um nos trará não nos mostrará nada e ainda nos fará perder tempo demais, desperdiçando a oportunidade de conhecer a alma dessas pessoas. Conhecer a alma significa conhecer o que as pessoas sentem o que elas realmente desejam de nós, ou o que elas buscam no mundo, pois só assim é que poderemos tê-las por inteiro em nossa vida.

As pessoas entram na nossa vida às vezes de maneira tão estranha, que nos intrigam até. Mas cada uma delas é especial. Mesmo que o momento seja breve, com certeza elas deixarão alguma coisa para nós.

Aproveite para conquistar uma pessoa a cada dia, dar a elas a sua maior atenção, e fazer com que você também seja algo muito importante na vida destas pessoas.

Quando sentir que alguém não lhe agrada, dê uma segunda chance de conhecê-lo melhor. Você poderá ter muitas surpresas cedendo mais uma oportunidade.

Quando sentir que alguém é especial para você, diga a ele o que sente, e terá feito um momento de felicidade na vida de alguém.

Não deixe para fazer as coisas amanhã. Poderá ser tarde demais. Faça hoje tudo o que tiver vontade. Abrace seu amigo, seus irmãos, seus filhos. Dê um sorriso para todos, até para seu inimigo.

Se estiver amando, ame pra valer, viva cada minuto deste amor, sem medir esforços.

Preste bastante atenção em todas as pessoas, pois elas poderão trazer a sua tão esperada felicidade.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Viva a vida. Só isso

Dia desses eu estava mexendo no meu celular quando me deparei com algo que ainda não tinha percebido. Ao percorrer a agenda que consta os nomes, passando pela letra M, reparei em um nome que me chamou a atenção.
Mário Júnior.

Tudo bem, trata-se de um nome comum. O que me chamaria tanto a atenção?
Pois bem, Mário Júnior era um grande amigo meu. Não o conhecia a muito tempo. Mas guardo na lembrança os momentos divertidos que passei ao lado dele e de sua família.
Sabe aquelas amizades que surgem do nada? Que parece que já conhecemos a pessoa a muito tempo? Assim era nossa relação. E ele apareceu na vida da minha família justamente em um momento de dor, ainda estávamos muito abalados pelo falecimento do meu pai.
Você acredita em anjos? Aqueles que Deus coloca em nosso caminho nos momentos mais difíceis, que nos trazem conforto, alegria e nos dão coragem para prosseguir...
Mário Júnior foi um deles. Até quando nos contava seus problemas, fazia isso de uma maneira que se tornava até engraçado de ouvir. Com isso me ensinou uma lição: diante de uma situação adversa, não devemos perder tempo nos lamentando, reclamando. Devemos ser fortes, erguer a cabeça e seguir em frente, pois o tempo perdido não volta.
Se não me engano, a última vez que falei com ele foi no mês de setembro. Eu tinha mudado de cidade e, com isso, a gente tinha perdido um pouco do contato. No pouco tempo que a gente pôde conversar nesta minha última visita, ele me contou que estava preocupado, não vinha se sentindo bem e que faria alguns exames. Era nítido o medo em seus olhos. Medo de estar com alguma coisa grave.
Lembro que falei pra ele relaxar, que as coisas não acontecem por acaso e que se realmente ele se deparasse com uma situação difícil, estaríamos sempre ao seu lado para lhe ajudar.

No dia 25 de dezembro, Natal, estava eu indo visitar minha família em Lajeado. Ao descer do ônibus recebi uma ligação. Era um amigo. Mas achei estranho ele ter me ligado, pois raramente nos falávamos.
Logo pensei que alguma coisa devia ter acontecido e nos segundos seguintes veio a confirmação.
- Bah cara, ficou sabendo que o Mário Júnior morreu?

Não acreditei.
Sabemos que a todo momento milhares de pessoas se acidentam, ficam inválidas, morrem...
Mas nunca estamos preparados para lidar com isso quando afeta alguém próximo. Estamos acostumados a ver na tv notícias de tragédias, mas parece que o que se passa na telinha é ficção, que não faz parte do nosso dia a dia.

Pois meu amigo Mário tinha nos deixado. Após o baile de natal, chegou em casa, passou mal e desencarnou. Talvez tenha acontecido de uma maneira como ele queria. Aproveitou bem seus últimos momentos.

E é exatamente aí que quero chegar...
Ninguém sabe quando será o seu momento de partir. Não podemos perder tempo com coisas fúteis, pequenas birras, desentendimentos.
Acho que devemos viver nos preparando para morrer.
Considero a morte uma contradição. Ao mesmo tempo em que ela é nossa única certeza, também acaba sendo nossa maior dúvida.
Por isso, não se apegue ao passado, pois ele já passou, não volta.
E também não fique jogando todas as suas fichas no futuro. Quem te garante que ele chegará?
O que importa é o presente, é o tempo que temos agora. Não deixe coisas importantes pendentes. Diga "eu te amo" para as pessoas que você gosta, não fique esperando que elas digam isso para você.

E faça o que for possível para que, no dia de sua partida, seus amigos e familiares fiquem com boas lembranças e força para se espelhar no exemplo de vida que você deixou.

Acho que meu amigo Mário não havia pensado em fazer tudo isso, mas com sua pureza, humildade e bom coração, deixou muita saudade. Com dor no coração, apaguei seu nome da agenda.

"Viva para que a sua presença seja notada,
e para que a sua falta seja sentida..."