quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Todos contra o racismo

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.

- 'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..

- 'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'

- 'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'

A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.

- 'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar mesmo na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe'.

E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

- 'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável'.

E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:

- 'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'

E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Acho que tô pagando pela zuação que fiz com a Cris a respeito de ela ter dado um tempo em seu blog.

Ultimamente também não tenho tido muito tempo para pensar em algo interessante de se colocar aqui neste espaço. Mas meus poucos e bons leitores também não perderam grande coisa.

Posso afirmar que esse mês têm sido ótimo para mim. É tão bom quando a gente acorda pra trabalhar sem ter que dizer: "PQP, segunda-feira e já tenho que ir praquela m..". É bem como diz meu amigo Sefrin "encontre a felicidade no seu trabalho ou talvez nunca saberá o que é felicidade".

Quando as coisas acontecem de repente - me refiro às coisas boas -, a gente sente aquele clima especial, parece que tudo transpira a favor.

Muitas vezes eu me perguntei se estava fazendo a coisa certa, saindo de minha cidade, de um bom emprego. Posso dizer que foi um "tiro no escuro", uma aventura. Mas uma aventura muito importante para meu amadurecimento e fundamental para abrir meus olhos com relação a pequenas coisas que aprendi a dar valor.

Já são quase 8 meses nessa luta, 8 meses de aprendizado, em que conheci muita gente interessante, que hoje posso chamar de amigo(a).

Tenho muita saudade das coisas que ficaram para trás, mas não me arrependo de ter dado esse passo a frente. Pelo contrário. Penso que quando a mudança é para melhor, sempre é bem vinda.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Frase e Reflexão

"Se queres ofender teu inimigo, elogia-o em voz alta por qualidades que ele não tem."

U. Ojetti

domingo, 11 de outubro de 2009

Amigo de si mesmo (Martha Medeiros)

Em seu recém-lançado livro Quem Pensas Tu que Eu Sou?, o psicanalista Abrão Slavutsky reflete sobre a necessidade de conquistar o reconhecimento alheio para que possamos desenvolver nossa autoestima. Mas como sermos percebidos generosamente pelo olhar dos outros? Os ensaios que compõem o livro percorrem vários caminhos para encontrar essa resposta, em capítulos com títulos instigantes como Se o Cigarro de García Márquez Falasse, Somos Todos Estranhos ou A Crueldade é Humana. Mas já no prólogo o autor oferece a primeira pílula de sabedoria. Ele reproduz uma questão levantada e respondida pelo filósofo Sêneca: “Perguntas-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo”.

Como sempre, nosso bem-estar emocional é alcançado com soluções simples, mas poucos levam isso em conta, já que a simplicidade nunca teve muito cartaz entre os que apreciam uma complicaçãozinha. Acreditando que a vida é mais rica no conflito, acabam dispensando esse pó de pirilimpimpim.

Para ser amigo de si mesmo é preciso estar atento a algumas condições do espírito. A primeira aliada da camaradagem é a humildade. Jamais seremos amigos de nós mesmos se continuarmos a interpretar o papel de Hércules ou de qualquer super-herói invencível. Encare-se no espelho e pergunte: quem eu penso que sou? E chore, porque você é fraco, erra, se engana, explode, faz bobagem. E aí enxugue as lágrimas e perdoe-se, que é o que bons amigos fazem: perdoam.

Ser amigo de si mesmo passa também pelo bom humor. Como ainda há quem não entenda que sem humor não existe chance de sobrevivência? Já martelei muito nesse assunto, então vou usar as palavras de Abrão Slavutsky: “Para atingir a verdade, é preciso superar a seriedade da certeza”. É uma frase genial. O bem-humorado respeita as certezas, mas as transcende. Só assim o sujeito passa a se divertir com o imponderável da vida e a tolerar suas dificuldades.

Amigar-se consigo também passa pelo que muitos chamam de egoísmo, mas será? Se você faz algo de bom para si próprio estará automaticamente fazendo mal para os outros? Ora. Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso. Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem. Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas. Não troque sua paz por encenação. Não faça nada que o desagrade só para agradar aos outros. Mas seja gentil e educado, isso reforça laços, está incluído no projeto “ser amigo de si mesmo”.

Por fim, pare de pensar. É o melhor conselho que um amigo pode dar a outro: pare de fazer fantasias, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado as justificativas para ser do jeito que é, fazendo a linha “sou rebelde porque o mundo quis assim”. Sem essa. /o mundo nem estava prestando atenção em você, acorde. Salve-se dos seus traumas de infância.

Quem não consegue sozinho, deve acudir-se com um terapeuta. Só não pode esquecer: sem amizade por si próprio, nunca haverá progresso possível, como bem escreveu Sêneca cerca de 2.000 anos atrás. Permanecerá enredado em suas próprias angústias e sendo nada menos que seu pior inimigo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A sujeira debaixo do tapete

O dia de ontem foi realmente um verdadeiro teste para minha capacidade de espera e paciência. Mais que isso. Serviu-me para reflexão. Abriu-me mais ainda os olhos com relação a um drama presente no dia-a-dia da maioria da população de nossas cidades, do nosso estado, do nosso país.

Como desde domingo a tarde eu não estava me sentindo bem, e os sintomas persistiram na segunda-feira, resolvi ir ao hospital para uma consulta. Tenho um plano de saúde bom, mas preferi usar os serviços do SUS, afinal, o sistema que cuida da saúde do povo deveria ser rápido e prestativo. Eu usaria meu plano se houvesse alguma necessidade de internação, pois aí as vantagens são realmente incomparáveis.

Bom. Entrei no hospital precisamente as 16h. Saí as 19h15m. Até aí tudo bem, se eu estivesse passando por uma bateria de exames, algo do tipo. Mas não. Foram três horas sentado num banco, pois naquele momento, havia somente um médico atendendo.

Mas o meu caso, nem considerei.

Triste foi ver pessoas idosas tendo que esperar atendimento. Pessoas com compromissos desistirem da consulta após duas horas de espera.

Não sei o que pensar ao ver o país em festa com a eleição do Rio de Janeiro para sediar as Olimpiadas de 2016.
Muita gente defende isso, alegando que os Jogos Olímpicos trarão inúmeros benefícios para o Brasil. Trarão sim, com certeza. Teremos um bom crescimento econômico, milhares de empregos serão gerados (mesmo que temporariamente), o turismo ficará em alta, etc...
Mas acho que temos prioridades que deveriam ser levadas mais a sério. Será que em um congresso da saúde, ou para reduzir os números da fome e da miséria, nosso presidente iria tanto empenho e entusiasmo, igual aquele visto em Copenhague ao defender a candidatura do Rio?

É. Pelo que parece, 25 bilhões não farão falta ao país do carnaval, afinal de contas, na hora em que a "visita"chega, a gente pode colocar a "sujeira" debaixo do tapete.